terça-feira, 11 de agosto de 2009



Hórus

Nos pântanos do delta, num lugar chamado Chemnis, perto da cidade de Buto, Ísis dá à luz ao seu filho Hórus, que tem cabeça de falcão.

No mesmo instante, confia-o à deusa-cobra Uadite, que reina sobre todo o delta, para partir numa tarefa longa e penosa: a busca do corpo de Osíris.
Amamentado pela vaca Hátor e protegido pela cobra Uadite, o falcão Hórus enfrenta muitas dificuldades.
Depois, cresce e aperfeiçoa sua educação, e quando as suas forças tornam-se vigorosas o suficiente, Osíris, volta a Terra para ensinar-lhe as técnicas básicas de combate.
Hórus anseia por vingar o pai, reúne os egípcios fiéis a Osíris, e encorajado por Ísis, declara guerra a Set. Este e seus partidários transformam-se em animais, compondo uma tropa de serpentes, crocodilos, hipopótamos e gazelas.
Hórus, sob a forma de falcão, mutila Set, e este arranca-lhe um olho. Depois de muita luta, os dois rivais são convocados ao tribunal divino, e quem soluciona a questão, depois de curar as feridas dos dois, é o deus-íbis, Thot.
Set rumina a derrota, mas não está morto, a todo momento retoma com Hórus, a luta das trevas contra a luz (a eterna luta do bem contra o mal).
Assim, a profunda veneração que os egípcios dedicam a Hórus, só se iguala, ao terror que lhes inspira Set. Como o pai, Hórus governa com sabedoria, depois dele, reinam seus descendentes, a começar por Menés, o faraó que inaugura a I Dinastia.
Durante mais de 3.000 anos, os soberanos de 27 dinastias serão considerados herdeiros de Hórus. O Templo de Hórus, fica em Edfu.
Ele aparece sob a forma de um falcão pousado sobre os ombros do faraó Quefrén, em estátua existente no Museu do Cairo. É também representado com corpo de homem e cabeça de falcão, conforme aparece em estátua existente no Museu do Louvre, em Paris.
O deus nacional do Egito, o maior de todos os deuses, criador do universo e fonte de toda a vida, era o Sol, objeto de adoração em qualquer lugar.
A sede de seu culto ficava em Heliópolis (On em egípcio), o mais antigo e próspero centro comercial do Baixo Egito. O deus-Sol é retratado pela arte egípcia sob muitas formas e denominações.
Seu nome mais comum é Rá e podia ser representado por um falcão, por um homem com cabeça de falcão ou ainda, mais raramente, por um homem. Quando representado por uma cabeça de falcão estabelecia-se uma identidade com Hórus.




Hátor

"Senhora do céu", "alma das árvores", ama-de-leite de Hórus, a vaca Hátor aparece com freqüência nos mitos. É uma deusa benevolente, adorada em várias regiões, principalmente em seu templo de Dendera. Vaca tranqüila que geralmente personifica o olho de Rá amamentou Hórus quando nasceu. Uma vaca que usava um disco solar e duas plumas entre os chifres representavam Hathor, deusa do céu e das mulheres, nutriz do deus Hórus e do faraó, patrona do amor, da alegria, da dança e da música, mas também das necrópoles. Seu centro de culto era a cidade de Dendera, mas havia templos dessa divindade por toda parte. Também era representada por uma mulher usando na cabeça o disco solar entre chifres de vaca, ou uma mulher com cabeça de vaca.



Anúbis

Deus com cabeça de chacal (um dos cães selvagens que então eram comuns no Egito), que domina a arte secreta de impedir que os corpos apodreçam. O “Senhor das necrópoles”, como é chamado muitas vezes, encarrega-se de velar os túmulos e introduzir no outro mundo as almas dos defuntos. Sua cor negra, é uma promessa de renascimento. Foi ele quem reconstitui o corpo de Osíris, embalsama-o e envolve-o em bandagens, nas quais Ísis inscreve fórmulas mágicas. Anúbis é quem acompanha Osíris e Thot, numa conquista ao vasto mundo.

Cães sagrados eram dedicados a Anúbis. O chacal, animal que tem o hábito de desenterrar ossos, paradoxalmente representava para os egípcios o deus Anúbis, justamente a divindade considerada a guarda fiel dos túmulos e patrono do embalsamamento. No reino dos mortos, na forma de um homem com cabeça de chacal, ele era o juiz que, após uma série de provas por que passava o defunto, dizia se este era justo e merecia ser bem recebido no além túmulo ou se, ao contrário, seria devorado por um terrível monstro. Anúbis tinha seu centro de culto em Cinópolis.



SEKHMET - A LEOA SANGUINÁRIA

Uma divindade sanguinária, com corpo de mulher e cabeça de leão, encimada pelo disco solar, representava a deusa Sekhmet que, por sua vez, simbolizava os poderes destrutivos do Sol. Embora fosse uma leoa sanguinária, também operava curas e tinha um frágil corpo de moça. Era a deusa cruel da guerra e das batalhas, comanda os mensageiros da morte e é responsável pelas epidemias, tanto causando como curando as epidemias. Essa divindade feroz e poderosa era adorada, temida e venerada em várias regiões, sobretudo na cidade de Mênfis. São feitas oferendas de cerveja a esta deusa, a fim de acalmá-la. Sua juba — dizem os textos — era cheia de chamas, sua espinha dorsal tinha a cor do sangue, seu rosto brilhava como o sol... o deserto ficava envolto em poeira, quando sua cauda o varria...



BASTET - DEUSA GATA

Deusa de cabeça de gato, doce e bondosa, cujo templo mais conhecido ergue-se em Bubástis (seu centro de culto), cujo nome em egípcio — Per Bast — significa “a casa de Bastet”. No Egito, o gato foi venerado como um animal delicado e útil, o favorito da deusa Bastet - a protetora dos lares, das mães e das crianças.

No Antigo Egito, o gato doméstico, trazido do sul ou do oeste por volta do ano de 2.100 a.C., é considerado um ser divino, de tal ordem que, se um deles morrer de morte natural, as pessoas da casa raspam as sobrancelhas em sinal de luto.
No santuário de Bastet, em Bubástis, foram encontrados milhares de gatos mumificados, assim como inúmeras efígies de bronze que provam a veneração a esse animal. Em seu templo naquela cidade a deusa-gata era adorada desde o Antigo Império e suas efígies eram bastante numerosas, existindo, hoje, muitos exemplares delas pelo mundo.
Quando os reis líbios da XXII dinastia fizeram de Bubástis sua capital, por volta de
944 a.C., o culto da deusa tornou-se particularmente desenvolvido.
O gato é um símbolo que assumiu múltiplos significados entre as diferentes civilizações, na simbologia. Segundo uma tradição celta, ele teria nove vidas. Posteriormente, durante a Idade Média, o gato passou a ter apenas sete vidas. Animal misterioso associado aos poderes da lua, ao mundo da magia e às bruxas, os machos pretos eram a personificação do diabo.
Na Cabala e no budismo o gato representa a sabedoria, a prudência e a vivacidade. A tradição popular japonesa aponta-o como um animal que atrai má sorte.



NECBET

A deusa abutre que reina sobre o Alto Egito, e a Uadite, uma cobra fêmea que domina o delta, são imagens que estão sobre a coroa sagrada do faraó.













CONSU

Deus da Lua, esse mago de grande reputação é cultuado em várias regiões. Os tebanos vêem nele o filho de Amon-Rá. Sua cabeça de falcão é coroado pelo disco lunar.









SOBEK – CROCODILO

Sobek é o deus crocodilo do Egito, mas foi chamado pelos gregos de Suchos, o que lembra os servos de Sobek, os chamados Petsuchos.
Sobek é muito visto como um deus bom, sendo deus da fertilidade, da vegetação e da vida, ele é dito como o criador do rio Nilo, que foi criado a partir de seu suor.
Sobek nem sempre foi considerado um deus bondoso, quando ele surgiu das águas primordiais do caos como "o senhor das águas", era temido por seu aspecto maligno, e era chamado de demônio de Duat (local onde Osíris julga os mortos), acabou se associando com Seth, pois causava muito perigo e desordem, também é dito que depois de Seth matar Osíris, ele se escondeu num corpo de crocodilo, para não receber castigo pelo seu crime, e o crocodilo se tornou Sobek. Sobek era dito como filho de Set com Neit.





O nome dessa divindade era grafado como Anuket, Anqet ou Anukis. Era conhecida como Aquela Que Aperta, e era a deusa das Cataratas do Nilo.
















Maat

Maat era conhecida no Egito como a Dama do Salão dos Julgamentos e A Virgem. Era a filha querida de Rá e esposa de Thoth. Suas leis governavam os três mundos; até mesmo os deuses deveriam obedecer suas regras.





Fonte do texto: O Anuário da Grande Mãe.

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